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SnowTrip | Roteiro Alpes: Eslovênia, Áustria e Itália

Definir um roteiro de viagem pode parecer fácil, mas quando nos deparamos com a diversidade que cada lugar oferece, essa tarefa se torna muito difícil. Temos o desejo de conhecer tudo, provar tudo, fotografar tudo. Essa busca incessante por novas descobertas é o que faz a arte de viajar tão apreciada mundo afora.

Nós do GlobalSoul, procuramos agregar valor cultural às nossas experiências e sempre buscamos fazer uma interpretação aprofundada de cada local, aliando atividades esportivas, hospedagem e gastronomia diferenciadas, cultura e muita diversão.

Inseridos nessa visão e com principal objetivo de criarmos um roteiro para uma SnowTrip ao redor dos Alpes Europeus, decidimos viajar no mês de março e visitar três países bastante diferentes em sua cultura e paisagens: Itália, Eslovênia e Áustria.

O primeiro passo, após a definição da rota e tendo como principal objetivo conhecer as estações de esqui, é escolher o melhor período para aquisição das passagens. Para nossas viagens, preferimos datas menos conturbadas, evitando férias escolares e principais feriados, pois assim temos a possibilidade de conviver mais com as pessoas e costumes locais, assim como interagir com os profissionais do turismo, hospedagem e gastronomia, pois tudo fica mais tranquilo e com menor demanda.

Com o roteiro, datas de partida e retorno definidos, iniciamos as pesquisas sobre onde e o quê explorar. Assim sendo, nossa saída de São Paulo (GRU) teve como destino à cidade de Milão, onde desembarcamos no Aeroporto de Malpensa. Ansiosos para o início da viagem em território Europeu, fomos logo solicitar o carro previamente alugado.

Em Março, ainda faz bastante frio na Europa, onde as estações de esqui se mantém abertas, em média até meados de Abril, com exceção à Obertauern que é famosa por fechar apenas no 1º de Maio.

Com destino certo e dados inseridos no GPS do nosso carro, seguimos viagem rumo a capital da Eslovênia, Liubliana. Para tal, praticamente cruzamos o norte inteiro da Itália, numa viagem tranquila e segura de aproximadamente 5 horas.

Fica a dica: Verificar se o carro alugado possui pneu próprio para o inverno, pois caso contrário é obrigatório possuir correntes de neve. Em relação aos pedágios, fique atento, pois cada país tem sua regra: Na Itália, deve-se retirar o ticket na entrada da Autopista e pagar na saída; Na Eslovênia, deve-se adquirir um adesivo chamado “vignette” pelo período de visita no país, com pena de multa caríssima caso flagrado sem o selo, pela polícia (aliás, fomos parados para uma inspeção de rotina assim que atravessamos a fronteira. Felizmente havíamos comprado a tal vignette no primeiro posto que encontramos já no lado esloveno); Já na Áustria, o sistema é similar ao brasileiro, ou seja pagamos a cada pedágio percorrido. Em todos os casos foram aceitos cartão de crédito.

A Eslovênia é um país riquíssimo em atividades culturais e esportivas, e para podermos também aproveitar para conhecer alguns castelos e cavernas, selecionamos apenas duas estações de esqui. Para nossa curiosidade, descobrimos que a Eslovênia possui 9 estações de esqui, sendo uma delas muito concorrida por ser um local de competições mundiais, chamada Kranjska Gora. Primeiramente, visitamos o Vogel Ski Resort e ainda tivemos o privilégio de esquiar nas montanhas de Krvavec (se fala Kervavetz), num dia de sol e céu azul, após uma nevasca que rolou no dia anterior.

Durante nossa estadia pela Eslovênia ficamos hospedados na capital, Ljubljana (o “j” tem som de “i” – Liubliana). O Galeria Rooms, uma das cinco propriedades do Burja Hotels, pertencente a um casal de amigos, sendo a esposa brasileira e o marido esloveno. São como hotéis boutique, onde cada um tem sua peculiaridade, as quais iremos abordar em outros posts.

Exploramos o centro histórico de Ljubliana de bicicleta, caminhamos até a igreja Church of Virgin Mary’s Visitation, que fica no topo do Tivoli Park, conhecemos o castelo de Ljubljana que possui uma adega de vinhos produzidos com parreiras que crescem apenas no entorno do castelo, fomos na caverna Postojna Cave, onde habita uma espécie endêmica chamada de The Olm (Proteus Anguinus) que parece uma salamandra, visitamos o lago de Bled (cartão postal da Eslovênia) e saboreamos a melhor pasta com trufas da vida!

Seguimos nosso roteiro pela Áustria, em direção à Obertauern, que estava coberta de neve. São 100 km de pistas, para todos os níveis, e é o local onde a neve permanece até maio! O dia estava muito nublado mas pudemos sentir a qualidade da neve que realmente é diferenciada. A cidade estava viva, com pessoas carregando seus equipamentos por todos os lados, pois pela cidade é possível ir a pé em diversos pontos de lifts e explorar inúmeros picos. Em Obertauern foi onde os Beatles filmaram “Help!” e na temporada de 2014/15 a cidade fez um monumento em homenagem ao aniversário de 50 anos do disco.

Beatles monument commemorating 50th anniversary of HELP! In Obertauern, Austria.

De Obertauern fomos conhecer outra estação de esqui, a glamorosa Kitzbühel. Os penhascos grandiosos atrás da cidade medieval cercada por muralhas oferecem em sua maioria circuitos de esqui de nível intermediário (exceto pelo difícil e mundialmente conhecido circuito de Hahnenkamm, de corrida em declive).

O passeio noturno pelo centro histórico, com seu piso em paralelepípedos e suas casas em tons pastel fazem desse destino o mais romântico de toda viagem.

Conhecer cada um desses lugares foi incrível, mas a cada despedida aquele aperto no coração de quem queria sempre mais. Seguimos viagem para o último destino na Áustria, Sölden. Localizada ainda na região de Otztal, Sölden é uma cidade maior que as outras duas que visitamos.

Tivemos o privilégio de nos hospedar no luxuoso Hotel Das Central. Sinônimo de sofisticação e um atendimento impecável, o Das Central merece destaque nessa viagem por oferecer um serviço digno de sua classificação cinco estrelas.

Possui a maior quantidade de saunas que já vimos em um único hotel; 11 saunas e uma piscina com hidromassagem, num clima veneziano, que nos fez transportar no tempo enquanto relaxávamos em meio aos diferentes perfumes e vapor das saunas.

Dos mesmos proprietários do Das Central, o Restaurante ice Q é uma parada obrigatória para todos esquiadores. Localizado no topo da montanha Gaislachkogl, há 3.048 metros de altitude e com uma vista panorâmica espetacular dos alpes, tem como base uma gastronomia que privilegia produtos da região acompanhado dos melhores vinhos austríacos. Com uma culinária do mais alto nível, fomos convidados para uma degustação de tapas, a qual iremos compartilhar a experiência com vocês em outro post, pois esta merece destaque!

Ainda em Sölden e no mesmo prédio do restaurante ice Q está a instalação da exposição 007 Elements do emblemático filme de James Bond, 007 contra SPECTRE, filmado logo ali, nas montanhas onde tivemos o privilégio de esquiar por 2 dias. O complexo foi inaugurado em meados de 2018 e reflete a jornada do visitante através de uma série de galerias, cada uma detalhando a arte dos elementos que definem um filme de James Bond.

Deixamos os alpes austríacos para os alpes italianos em uma viagem no coração das dolomitas, a formação de uma cadeia montanhosa no norte da Itália. A área dolomítica estende-se entre as províncias de Belluno – que constitui sua parte mais relevante – Bolzano, Trento, Údine e Pordenone. O ponto mais alto das Dolomitas é a Marmolada, com 3.343 m de altitude – que tivemos o privilégio de ver durante um wine skisafari em Alta Badia.

Importante e dica fundamental: muitos países exigem seguro de viagem. Temos usado muito a Real Seguro Viagem, o 1º comparador de seguro viagem do Brasil. Prático e rápido, faz cotação dos melhores seguros e ainda fornecem um serviço de atendimento especializado no pré e pós vendas. Com segurança não se brinca, ainda mais em uma viagem que envolve esporte e muito vinho rsrsrsrs.

Antes de chegarmos na região de Südtirol fomos para Cortina D’Ampezzo, onde lifestyle, arte e neve se encontram. Nos hospedamos no Grand Hotel Savoia, que em nossa chegada estava recepcionando um premiado Festival de Cinema e já pudemos perceber a atmosfera glamorosa e histórica na qual iríamos desvendar.

Grand Hotel Savoia foi totalmente reformado em 2012 e fica a poucos passos do centro por onde você tem uma enorme calçada com lojas de marcas famosas, galerias de arte e restaurantes numa extensa vitrine que exala moda por todos os lados.

Difícil mesmo será traduzir em palavras a experiência de esquiar nessa região das dolomitas. Em junho de 2009 a UNESCO declarou as Dolomitas como Patrimônio Natural da humanidade, por sua beleza única e monumental. Cortina d’Ampezzo, a Rainha das Dolomitas, é colocada como uma jóia da coroa em meio a esses magníficos picos.  A arquitetura natural das Dolomitas, esplêndida em sua harmonia, oferece vistas inigualáveis ​​e majestosas, suavizadas por cordilheiras cobertas de florestas que descem suavemente em direção ao vale.

Cortina D’Ampezzo foi eleita como o melhor resort de esqui na Europa, segundo leitores da revista Condé Nast Traveler’s, foi palco das olimpíadas de inverno em 1956 e está preparada para o campeonato mundial Alpine World Ski em 2021. O landscape do topo das montanhas é simplesmente surreal. A formação rochosa das dolomitas em Cortina é singular e durante os três dias que passamos lá, esquiamos em Faloria, 5 Torri e Tofána.

5 Torri.

A cada lift um suspiro e a cada descida uma alegria diferente. Em todas as montanhas existem opções de pistas de esqui para todos os níveis, sendo os intermediários e avançados bastante privilegiados. Adicione uma pitada de alta gastronomia nos refúgios das montanhas e você terá a melhor experiência que um resort de esqui pode proporcionar.

Enquanto o lifestyle de Cortina D’Ampezzo fez brilhar nossos olhos, a região vizinha de Alta Badia nos recebeu de forma calorosa e lá aprendemos como brindar à vida. Tão próximas porém muito diferentes culturalmente, as cidades do vale de Alta Badia exalam diversão e juventude.

Alta Badia é uma estância de esqui nas Dolomitas, na parte superior do Val Badia no sul do Tirol.

Chegamos em La Villa ao entardecer, naquele momento em que as montanhas ficam cor de rosa. Fomos recepcionados pelo proprietário do Hotel Ciasa Soleil, um quatro estrelas novinho em folha, com apenas três anos de vida. Moderno, muito bem decorado e com um perfume que o destacou pela sensibilidade e atenção aos detalhes dentre os outros hotéis que conhecemos nessa viagem. Veja aqui a matéria exclusiva sobre nossa experiência no Hotel Ciasa Soleil.

Mostrou o por quê de seu slogan “Passion for Living” em suas instalações de relaxamento como a jacuzzi ao ar livre, sauna e a piscina que tem uma correnteza! Nunca vi algo assim antes, a “correnteza” pode ser acionada para àqueles que decidirem dar umas braçadas como se estivessem nadando em mar aberto. Tivemos o privilégio de chegar justamente na noite do jantar típico da culinária do sul de Tirol – que é a região na qual se encontra o vale Badia. Tirol do sul é uma província autônoma, uma das duas partes constituintes da região do Trentito-Alto Ádige. Todos os funcionários do hotel, inclusive a proprietária, estavam com vestimentos típicos o que fez com que nossa experiência gastronômica fosse além das expectativas. Aproveitamos ao máximo a estadia no Ciasa Soleil, pois ficamos apenas uma noite devido à alta procura e eles estavam lotados nos dias seguintes.

Nos mudamos para o hotel vizinho, Hotel La Majun. Também quatro estrelas mas esse com mais história pelas seus 20 anos de hospedagem naquele local. Costumava ser a casa da família que tem poderosas mulheres em sua administração. Uma história linda que será contada em detalhes em outro post.

Como você pode perceber, muitos dos hotéis e restaurantes em Alta Badia são propriedades particulares gerenciadas por famílias que recebem hóspedes do mundo inteiro como se fossem verdadeiros convidados de honra. Um acolhimento diferenciado de todos os outros lugares que visitamos.

Uma particularidade de Alta Badia é que os moradores da região falam três idiomas: italiano, alemão e ladino – e a maioria também fala inglês, claro.

Esquiar nas montanhas de Alta Badia foi uma experiência muito divertida. Suas pistas totalmente interligadas convidam esquiadores e snowboarders para diferentes aventuras que podem ser vividas em menos de 24 horas. Tanto na Itália, como na Áustria, para onde você olhar tem um lift e pessoas esquiando em todas as direções. Sem um mapa você está completamente perdido! Ficamos três dias esquiando em Alta Badia, mas é um lugar que você deve ficar pelo menos uma semana. Conhecemos uma igreja que fica no alto da montanha, onde presenciamos uma mini avalanche, pegamos carona com cavalos numa trilha para conhecer outras pistas, almoçamos com vista para o pico mais alto das dolomitas, esquiamos com o time de marketing de turismo onde nos mostraram um atalho para chegar na vila aonde estávamos hospedados e curtimos uma festa après ski num refugio chamado Las Vegas com uma das principais bandas italianas de eventos. Momentos inesquecíveis que iremos abordar um a um, com todos os detalhes dessa nossa viagem.

:: ROTEIRO ::

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